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23/03/2023

O que é Tricotomia cirúrgica, como é feita e para que serve?

O que é Tricotomia cirúrgica, como é feita e para que serve?

A tricotomia é um procedimento pré-cirúrgico que tem como objetivo remover os pelos da área em que será realizada a cirurgia.
Tem como objetivo, tornar a região mais visível para o médico e diminuir o risco de infecção pós-operatória, já que alguns microrganismos podem estar aderidos ao pelo do paciente.

Esse procedimento é simples, mas alguns cuidados importantíssimos precisam ser tomados.
Ele deve ser feito até 2 horas antes da cirurgia por um profissional capacitado, geralmente um enfermeiro.

É recomendado que os pelos maiores sejam aparados e, caso seja necessária a remoção total, que seja feita usando um tricotomizador elétrico, não sendo recomendado o uso de navalhas ou lâminas, já que podem lesionar a pele e aumentar o risco de infecção no sítio cirúrgico.

Para que serve a tricotomia?
A tricotomia é feita antes de qualquer procedimento cirúrgico que será realizado em área com pelo e tem como o objetivo, diminuir as chances de infecção pós-operatória, já que os microrganismos também podem ser encontrados aderidos ao pelo. Além disso, deixa a região mais visível para que o médico realize o corte cirúrgico.

Como é feita a tricotomia?
A tricotomia deverá ser realizada cerca de 2 horas antes do procedimento cirúrgico pelo profissional de enfermagem, sendo recomendado que os pelos que estejam presentes no local do procedimento cirúrgico sejam aparados. No entanto, em alguns casos, pode ser recomendada a realização de remoção total dos pelos do local, o que deve ser feito usando um tricotomizador elétrico, também conhecido como tricotomizador cirúrgico.

Atualmente, os tricotomizadores possuem capacidade para cortar os pelos maiores e posicionados em local de difícil acesso.
Após a remoção do pelo, o profissional deve realizar a degermação do local com o objetivo de remover os microrganismos presentes na pele.

Outro recurso presente nos tricotomizadores atuais, é a lâmina descartável e a cabeça giratória.

O uso da lâmina descartável irá contribuir favoravelmente conta o surgimento de infecções e de acidentes com os seus usuários, pois elas não possuem corte afiados com as navalhas ou as lâminas dos barbeadores comuns.
O uso de lâmina ou navalha para remoção dos pelos não é indicado, pois pode causar pequenas lesões na pele, o que pode aumentar o risco de infecção. Além disso, a tricotomia só deve ser realizada na região em que será feito o corte da cirurgia, não sendo necessário remover pelos de regiões mais distantes.
Já a cabeça giratória, permite que a lâmina seja girada em ângulos diversos que facilitarão o acesso à regiões do corpo menos acessíveis de forma convencional. 

Infelizmente, o método utilizado para a realização da tricotomia em várias unidades de saúde, ainda é a lâmina de barbear.
Vale lembrar que o método recomendado pelas diretrizes é o tricotomizador elétrico, pois eles diminuem os riscos de microlesões à pele do paciente.
Estudos afirmam que diante da necessidade de remover os pelos do campo operatório, o uso do tricotomizador, reduz as taxas de ISC, o que não ocorre com a com lâmina de barbear.

No entanto, diante da necessidade da tricotomia, deve-se atentar para dois indicadores:
1- período máximo de duas horas antes da cirurgia;
2- utilizar o tricotomizador elétrico com lâmina descartável.

Essas são medidas imprescindíveis para promover segurança do paciente diante da intervenção cirúrgica, reduzindo os riscos da infecção do sítio cirúrgico.

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Referências:
- HINRICHSEN, Sylvia L. Biossegurança e Controle de Infecções - Risco Sanitário Hospitalar. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 208. 105-109.
- GEBRIM, Cyanéa F. L.; MELCHIOR, Lorena M. R.; MENEZES, Neyuska A. et al. Tricotomia pré-operatória: aspectos relacionados à segurança do paciente. Enfermería Global. 34 ed; 264-275, 2014
- PERES, Mariana M.; GATTO, Lilian. Tricotomia Cirúrgica: Uma prática a ser avaliada. Revista Uningá. Vol 35. 1 ed; 2013